segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Partilha sobre o casulo de Nara Menezes ❤

O casulo é o chamado do amor. “Quando o amor vos chamar, segui-o, embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados. Quando ele voz envolver com suas asas, cedei, embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos. E quando ele vos falar, acreditai nele. Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento devasta o jardim”. O casulo é o extase de um vôo dentro de portais infinitos. Parece que você entra numa mandala em projeção, uma mandala de sua própria vida. Quanto mais fundo você vai, mais você se perde em horizontes atemporais, mares sensoriais, florestas encantadas. Uma bússola quebrada na relatividade de um tempo só seu. Uma vez no casulo, somos esse ponteiro astutuo que nunca quer acertar a hora dos homens. Uma outra dimensão se abre e cavalgamos por ela, sim, cavalgamos, porque é o nosso animal - protetor que vem nos guiar, então você pode voar nas asas de uma águia enorme, rastejar rapidamente nas costas de uma cobra gigante, pular com um coelho veloz ou submergir nas barbatanas de um golfinho e atravessar tempos vastos e intermináveis. O tempo do casulo é o das nebulosas, do universo, das estrelas. Não há pressa, na condução amorosa de Lívia - a feiticeira das folhas encantadas. Depois de um banho perfumado de amor, flores, folhas e frutos, o corpo físico se expande e os poros se abrem à energia sadia da natureza. A música é especialmente selecionada para uma trilha sonora de um filme onde o protagonista é você. No casulo não há regras, a única via é o amor. A lei é o amor. A contravenção é o amor. Nele mergulhas e nele permaneces por dias e dias, num aroma de vento, flores, terra molhada. Eu, acompanhada de meus avós e minha tribo ancestral, bebi um elixir de cura e só agradeço a oportunidade, a primeira mas não a ultima. Uma festa relembrar que se está viva e as respostas moram nas tuas próprias entranhas. Muito, muito grata